Palestra sobre agronegócio faz um alerta:  suinocultura brasileira não pode mais ser vista com os olhos da década passada

O novo posicionamento de mercado conquistado pelo país em todos os setores, especialmente do agronegócio  no cenário doméstico internacional fez com que o Brasil crescesse na área da suinocultura, por outro lado a crise enfrentada por países europeus tem dificultado a exportação, dificultando a vida dos produtores.

As mudanças, mesmo que fortes, em qualquer cadeia produtiva são mais facilmente percebidas e compreendidas depois que elas ocorrem. Com a intenção de facilitar e orientar os produtores o empresário Darci Mariotti e o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, explanaram para 120 suinocultores da região na Expofred 2012.

Segundo eles,  a competitividade dos agentes da cadeia está fortemente dependente da percepção e compreensão das atuais mudanças de cenário. “É fundamental que haja por parte do produtor uma conscientização de que a sua propriedade deve ser tratada como uma empresa, onde ela passe a ter um planejamento de cultura e abate dos suínos bem como aplicação de técnicas que possibilitem uma maior qualidade ao produto”, destacou Mariotti. Para Folador, cada elo tem uma planilha de custo para manter o produto e renda sem quebrar no mercado. “O setor da suinocultura deve ser reorganizado para que o produtor e as agroindústrias possam trabalhar e atuar juntos no mercado”, afirmou.

Hoje são produzidos e consumidos cerca de quatro milhões de toneladas de carne suína, o que prova que produtores estão evoluindo administrativamente e superarando as dificuldades políticas de exportação e vendas no mercado interno através da qualificação do produto final.